Rachell Aguiar e seu olhar sobre São Peterburgo

Belezas e fenômenos naturais, peso histórico secular e arquitetura incrível dão o tom de uma visita inesquecível por São Petersburgo. Palácios e construções carregadas de tradição representam a expressividade da cidade que permite uma experiência cultural singular.

Considerada a capital cultural da Rússia, a cidade oferece um roteiro de atividades artísticas encantador. Apresentações teatrais, música clássica e espetáculos de balé sempre estão entre as atrações disponíveis. Dezenas de museus e palácios carregam uma atmosfera repleta de uma notável herança histórica, que reflete a trajetória e o luxo que marcaram o período monárquico no país.

História, arquitetura deslumbrante e vida cultural agitada e repleta de boas opções, são alguns dos atrativos para quem visita São Petersburgo. A bordo de um cruzeiro pelo mar Báltico, a arquiteta Rachell Aguiar não desperdiçou a oportunidade de conhecer a tradicional cidade. Capital do Império Russo por mais de dois séculos, até perder o posto para Moscou após a Revolução de Outubro de 1917, o centro urbano foi um dos grandes símbolos do poder da dinastia Romanov, que comandou a Rússia por mais de 300 anos. Apontada como a “Veneza do Norte”, toda a região central é cortada pelo Rio Neva, e jornadas de barco durante o verão – no inverno o rio congela – estão entre as atrações mais charmosas. Essa é justamente a dica de Rachell como ponto de partida ideal para o roteiro turístico.

“No passeio de barco pelos canais do Neva é possível se entrosar e conhecer melhor a cidade onde edificações dos mais diferentes estilos – como o barroco e o clássico – se encontram pareadas em plena sintonia”, ela conta. Outro espetáculo natural imperdível é presenciar as “Noites Brancas”, entre maio e julho. Fenômeno geográfico causado pela proximidade com o círculo polar ártico, ele faz os dias serem mais longos, com o pôr do sol começando por volta das 22 horas e se estendendo por toda a madrugada. Fazendo com que os dias sejam eternos, sempre com boa iluminação. Aliado à boa temperatura, o evento faz as ruas ficarem cheias praticamente todo o tempo e é responsável pelo “Festival da Noites Brancas”, grande acontecimento artístico da cidade, onde o melhor da ópera, balé e música clássica é apresentado no imponente Teatro Mariinsky. Seguindo no encantamento cultural, o Hermitage, segundo maior museu do mundo, atrás apenas do Louvre, em Paris, conta com um acervo de mais de três milhões de peças, e é parada obrigatória. “Lá é possível ver desde a famosos ovos Fabergé às suntuosas salas do trono”, detalha Rachell. Outra dica “super-recomendada” pela arquiteta é dar um passeio pelo Peterhof, palácio que serviu como a moradia do Czar Pedro, o Grande. Apontado como o “Versalhes da Rússia”, e que marcou um importante processo de ocidentalização da cidade, o luxuoso complexo de construções é todo adornado por belas fontes, jardins e um conjunto de canais que deságuam no Báltico. “Uma experiência cultural única e absolutamente marcante”, sintetiza a arquiteta.

HISTÓRIA

HERMITAGE. Fundado em 1764, sob iniciativa da Imperatriz Catarina II, o museu é composto por 10 prédios ao longo do Rio Neva. Dentre eles, o Palácio de Inverno, sede da monarquia quase ininterruptamente até o começo do século XX, com a queda do regime imperial. No acervo, que inclui pinturas, esculturas, moedas, livros raros, esculturas, artefatos arqueológicos, arsenal militar e documentos, estão presentes obras de praticamente todas as partes do planeta e de todos os períodos da história humana.

CATEDRAL DO SANGUE DERRAMADO. Com uma arquitetura de caráter totalmente singular, a catedral se destaca no centro da cidade. A construção da igreja ortodoxa no tradicional estilo russo, com as marcantes cúpulas coloridas, iniciou em 1883 e durou 24 anos. O interior é todo adornado por mosaicos formados por pedras semipreciosas de cores diferentes. A obra foi uma encomenda do Czar Alexandre III para homenagear o pai, o Czar Alexandre II, assassinado dois anos antes no local em que o templo foi erguido.

PETERHOF. Concluído por volta de 1725, por Pedro, O Grande, o complexo de palácios e jardins foi símbolo de opulência e requinte no Império Russo, tendo servido como residência imperial ao longo do século XIX. Pilhado e destruído pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi restaurado em 2003, marcando o aniversário de 300 anos da fundação da cidade. É tombado pela Unesco como Patrimônio Mundial.

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