Muitos são os roteiros possíveis para conhecer a apaixonante Paris. Da culinária à arquitetura, passando pelos marcos históricos e centro de produção artística de excelência, Paris envolve o visitante em um berço cultural distinto.
Embora seja verdade que Paris é uma metrópole iluminadíssima, o título de Cidade da Luz vem pela produção intelectual e artística das mentes brilhantes que lá se concentram, atraindo os olhares há séculos. A arte está por todos os lugares por onde Rodrigo Maia passou em sua última viagem à capital francesa, que logo foi tomado pelo clima contemplativo do lugar. “O melhor de Paris é sair a pé sem destino e sem pressa. Acorde tarde, tome café da manhã na famosa casa de chá Angelina e comece o dia bem disposto e acessível às novas experiências e deleites visuais”, diz o arquiteto. Rodrigo sugere um passeio pelo circuito da moda na praça Vendôme, que abriga ao seu redor grandes maisons de luxo, como Dior, Cartier, Lâncome, Rochas, entre outras.
“Em direção à rua Cambon, é possível ver a sede da loja Chanel em Paris, com a clássica escadaria de espelhos, que pode ser vislumbrada através da vitrine. Logo a frente, encontramos o Triangle d’Or, formado pelas avenidas Montaigne, Georges V e Champs Elysées, os endereços mais prestigiados da cidade, que representam o que há de mais luxuoso na capital francesa. Para o almoço, os hotéis-palácios Four Seasons Hotel George V e Le Bristol oferecem um cardápio sofisticado e delicioso”, ambos localizados nos arredores do Triangle d’Or. “Um almoço num local típico dos franceses, como o café Le Buci tem seu valor, especialmente se pedir o steak tartare, que é divino. Mas eu adoro descobrir novos locais. Por exemplo, desta vez visitei o Pink Mamma, que fica no Montmartre, um bairro boêmio. Um restaurante superdescolado, irreverente, com uma comida excelente e com ótimo custo benefício. São as suspresas de Paris”. Rodrigo recomenda deixar pelo menos dois dias para realizar o circuito cultural. “Antes de chegar à cidade, gosto de verificar quais as exposições temporárias interessantes estão em cartaz. São imperdíveis o Museu de Orsay, L´Orangerie, com aquelas salas ovais impressionantes que abrigam as ninféias de Monet, o Museu Picasso e, é claro, o Louvre”.
Um passeio ao conjunto arquitetônico do Grand Palais des Beaux-Arts e Petit Palais é outra possibilidade para quem se considera um amante de arte. O Palais Royal é um clássico, em frente ao Louvre, com o pátio Cour d’Honneur delimitado por colunas, que abrigam obras de Daniel Buren. A noite de Paris merece um belo jantar, acompanhado por alguma festa contagiante, como indica Rodrigo: “O restaurante do hotel Costes tem o melhor escargot, já L’Oiseau Blanc, na cobertura do hotel Peninsula, tem a vista da Torre Eiffel iluminada para dar um brilho a mais à saída. Uma outra opção para jantar e esticar a noite, é o Yeeels, restaurante que vai virando balada com o passar das horas ou o Manko, um complexo composto por restaurante, bar e boite”. Independente do estilo da viagem, a capital francesa contempla tudo com sua grandiosidade. Plural, bela, histórica e majestosa, Rodrigo Maia resume bem: “Paris é sempre Paris e ponto.”
ONDE IR
GRAND E PETIT PALAIS. Para receber a Exposição Universal de 1900, feira mundial que celebrou as conquistas do século passado nas artes, a capital francesa construiu os edifícios Grand e Petit Palais, que destacam o estilo eclético arquitetônico denominado Beaux-Arts. O Grand Palais foi um projeto inovador, que reflete o gosto pela rica decoração e ornamentação nas suas fachadas de pedra, com destaque para o monumental envidraçado na cobertura, a estrutura de ferro e aço à mostra e o uso do concreto armado. Já o Petit Palais foi inaugurado em 1902 em volta de um jardim semicircular cercado por colunas monumentais. Hoje, ambos abrigam exposições diversas, testemunhando a evolução da arte moderna e os avanços da civilização durante os séculos.
JARDINS TUILERIES. O Tuileries é um jardim real de um palácio que não existe mais. Catarina de Médicis, esposa do Rei Henrique II, ordenou a sua criação no século XVI para decorar os arredores do lugar. Assim, em 1664, o arquiteto André Le Nôtre, autor do projeto do parque que rodeia o Palácio de Versalhes, transformou-o num jardim formal e simétrico, cheio de estátuas ornamentais. Os museus Orangerie, construido para receber as Ninféias de Monet, e Jeu de Paume se localizam lá.
PRAÇA VENDÔME. A praça segue os padrões do urbanismo clássico francês. Se caracteriza pela Colonne Vendôme, uma coluna com a estátua de Napoleão no seu topo, em trajes típicos romanos. Inclusive, é um expoente máximo do luxo e da opulência francesa.
Arquitetura, arte, design, moda… Paris consegue reunir beleza e história em um mesmo lugar, oferecendo ao visitante uma experiência singular. Em cada esquina, um novo roteiro cultural pode ser traçado. Por isso, é importante desbravar a capital com atenção e sensibilidade. Sofisticação é a marca do estilo de vida parisiense, que se traduz em luz, luxo e poder, realçando tudo que há de melhor à francesa.
ONDE COMER
L’OISEAU BLANC. O restaurante oferece uma vista incrível dos pontos mais famosos de Paris, como a Torre Eiffel, com um lindo terraço para os dias de verão. O menu tem inspiração em ingredientes sazonais, destacando a rica culinária francesa. A decoração celebra as personalidades da aviação Charles Nungesser e François Coli, que tentaram cruzar o Atlântico em 1927 a partir de Le Bouget.
LE BUCI. Este é um dos cafés mais famosos de Paris localizado entre o Quartier Latin e Saint-Germain des Prés. É o lugar perfeito para relaxar em um happy hour depois de uma longa caminhada. Café, bar e brasserie (restaurantes que servem comidas básicas e são especializados em servir bebidas, como cerveja), o Le Buci ainda conserva as mesinhas minúsculas nas calçadas tão características dos bistrôs de Paris.
YEEELS. O design luxuoso do Yeeels revela uma decoração da modernidade atemporal. Aqui, o visitante pode apreciar uma Paris jovem e atualizada, sem perder a máxima qualidade da comida francesa, tão singular e sofisticada.