A arquiteta e viajante Lia Sampaio nos brinda com dicas e descobertas sobre a Islândia, destino que a surpreendeu pela natureza essencialmente pura e encantadora.
S e no seu imaginário o território da Islândia – país nórdico situado em meio ao Atlântico Norte – é composto apenas por paisagens cobertas de neve, prepare-se para descobrir que está totalmente enganado! O local que, recentemente, proporcionou mais um carimbo ao passaporte da arquiteta Lia Sampaio, conquistou-a pela exuberância natural que se intensifica especialmente nos dias mais ensolarados do calendário.
“Conheci a Islândia durante o mês de junho, logo no início do verão. Durante os dez dias em que estive no país, o sol não se pôs por nem um minuto. Isso mesmo, o famoso “sol da meia-noite”, na verdade, em algumas épocas do ano, fica durante dias sem se pôr”, conta a profissional, que afirma nunca ter visto uma natureza tão pura. Lia conta que a sensação de se estar no fim do mundo se mistura com a de que o mundo a nossa frente não tem fim, referindo-se ao sentimento de imensidão que a paisagem praticamente sem nenhuma intervenção humana provoca. “É um lugar mágico. Sabe aquelas viagens que te dão uma sensação diferente? Você está ali e pensa que nenhuma foto ou filmagem seriam capazes de transmitir o real significado de tudo aquilo. Não é pelo que você vê, mas sim pelo que sente!”, completa.
Metade dos dias foram dedicados à Reykjavík, a charmosa capital islandesa, repleta de ruas estreitas – muitas delas exclusivas para pedestres – e de casas coloridas, que lembram um cenário de filme. A arquiteta destaca ainda que lá tudo é impecavelmente organizado, a exemplo do sistema urbano muito bem definido e funcional. A alegria e a receptividade dos locais – cujo calor humano pode ser percebido mesmo nos dias gélidos do inverno – foi outra surpresa para ela, fazendo com que se sentisse em casa durante a estadia. “Todas as vezes que precisei tirar uma dúvida ou pedir algo fui prontamente atendida. Não ouvi um único “não, isso não seria possível”, o que tornou a experiência de descobrir o local a pé, um dos meus rituais preferidos em viagens, ainda mais interessante”. Entre passeios, ela destaca o Harpa Concert Hall como um dos pontos altos do roteiro. Situado à beira-mar, com uma visão clara do enorme mar e as montanhas que cercam Reykjavík, o Harpa impõe-se como uma grande e radiante escultura refletindo tanto o céu e o espaço do porto, como também a vibrante vida da cidade. “À noite, o edifício se destaca como um palco luminoso, num jogo de luz e transparência de tirar o fôlego não apenas dos apaixonados por arquitetura”, empolga-se Lia, que, a seguir, conta muito mais sobre a experiência.
O Golden Circle Route inclui o Parque Nacional de Thingvellir, a Gullfoss (maior queda-d’água da Europa) e os famosos gêiseres.
BELEZA PURA
… no meio do caminho entre a
América do Norte e a Europa,
a Islândia reúne paisagens
selvagens de tirar o fôlego.
seja no verão ou no inverno, os fenômenos naturais dão um show à parte, com direito a spa a céu aberto e à incrível aurora boreal.
Cenários Mágicos
EXUBERÂNCIA NATURAL. “Num primeiro olhar, a sensação é que estamos dentro de um daqueles filmes onde tudo parece um cenário perfeitamente montado, com o ângulo certo para a câmera. Demora certo tempo até você se dar conta de que, na verdade, é a mais pura natureza, praticamente sem nenhuma intervenção humana, que está ali para ser contemplada”, comenta Lia Sampaio, que guarda as melhores recordações do verão islandês.
HARPA CONCERT HALL. Um dos pontos altos da capital islandesa é o Harpa Concert Hall, literalmente uma arquitetura que espelha modernidade. Situada na fronteira entre a terra e o mar, a obra escultural, cuja inspiração veio das auroras boreais e da dramática paisagem da Islândia, teve sua expressiva fachada concebida a partir da coleboração da Henning Larsen Architects, do artista dinamarquês-islandês Olafur Eliasson e da empresa de engenharia alemã Rambølly ArtEngineeringGmbH.
Estadia
AVENTURA LUXUOSA. A própria descrição do hotel – “Where everything meets nothing” – já diz bastante sobre a experiência de se hospedar no Ion Luxury Adventure, que se localiza a menos de uma hora de Reykjavík, na Golden Circle Route, que envolve o Parque Nacional de Thingvellir (onde está o parlamento mais antigo do mundo), a Gullfoss (maior queda d’água da Europa) e os famosos gêiseres. “O mundo a nossa frente parece ser sem fim, e, ao mesmo tempo, a sensação é de estar literalmente no “fim do mundo”, conta Lia.
Culinária
GASTRONOMIA LEVE E AUTOSSUFICIENTE. Lia conta que a culinária – supernatural e leve, a base de frutos do mar e sementes – foi uma agradável surpresa durante toda a estadia. “Tudo é muito fresco, e eles priorizam muito os produtos locais. Só o fato de não existir no país um único McDonald’s, já mostra o quão autossuficientes eles são, não é?” Os doces também impressionaram a arquiteta, que se diz uma formiga assumida.
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gratidão!