Nascidas a partir de 2010, as crianças da Geração Alpha são as mais influenciadas pela tecnologia na história, experimentando uma vida conectada desde os primeiros meses de vida. O termo, que faz referência à letra grega “A”, foi usado pela primeira vez em 2010, pelo sociólogo australiano Mark McCrindle e coincidiu com o lançamento do iPad, um dos dispositivos que marcam a interação desse pequenos com o universo digital. Filhos dos Millennials, eles enxergam a vida analógica como algo cada vez mais distante e já não percebem a diferença entre o digital e a “vida real”. A tecnologia é uma extensão de sua vida e se tornou a principal forma de conhecer o mundo. Isso faz com que tenham novas formas de aprender, interagir, experimentar e se relacionar com o universo à sua volta. Assim, a Geração Alpha, que deve chegar a mais de dois bilhões de pessoas em cinco anos, será marcada por jovens que buscam diferentes maneiras de morar, trabalhar, consumir e se divertir, influenciando, sem dúvidas, o futuro de toda a humanidade.
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Filhos dos Millennials, eles enxergam a vida analógica como algo cada vez mais distante e já não percebem a diferença entre o digital e a “vida real”
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CARACTERÍSTICAS DA GERAÇÃO ALPHA
Além da conexão digital em tempo integral, um dos traços mais relevantes dessa geração é a nova configuração familiar. Em geral, eles possuem pais mais velhos e núcleos familiares menores, muitas vezes com filhos únicos. Outra mudança de perfil foi a percepção de igualdade, com pais e mães dividindo as tarefas domésticas e as crianças passando a não mais diferenciar as brincadeiras por gênero. Bastante atentas e observadoras, as crianças Alpha se destacam pela curiosidade e naturalidade com que interagem aos inúmeros estímulos os quais são bombardeadas o dia inteiro, enxergando os recursos tecnológicos não apenas como ferramentas, mas como parte indispensável da rotina.
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COMO EDUCAR ESSA NOVA GERAÇÃO
Em razão da facilidade em lidar com dispositivos digitais, é provavelmente que essas crianças terão o maior nível educacional registrado até então, iniciando os estudos mais cedo e experimentando um sistema escolar renovado, bem mais personalizado e com forte presença digital. Esse novo modelo deverá ser baseado em desenvolver a autonomia dos alunos e explorar a resolução de situações cotidianas. Uma metodologia bastante eficaz para trabalhar o conhecimento por meio da prática e da riqueza de vivências. Os estímulos constantes e o contato com múltiplas telas ao longo do dia ajudam a desenvolver algumas habilidades cognitivas, como realizar múltiplas tarefas simultâneas e se conectar com diferentes assuntos, porém também comprometem a capacidade de concentração e a paciência das crianças, gerando mais casos de déficit de atenção. Dessa forma, é importante que os pais trabalhem desde cedo outras atividades e formas de interação, promovendo mais a comunicação oral e passeios a lugares diferentes do encontrado em casa e na escola. Se os pais são como super-heróis para os pequenos dessa geração, nada melhor do que fortalecer os vínculos afetivos em momentos em família fora das telas.
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Por conta do contato direto com tecnologias cada vez mais avançadas e inteligência artificial, habilidades como a criatividade, a empatia e a inteligência socioemocional se tornarão cada vez mais valiosas para aguçar o diferencial humano, devendo ser estimuladas desde a infância.