POR SUZANA ROCHA
m hobbie que foi conquistando o coração aos poucos e acabou por se tornar atividade profissional. Dessa forma, pode ser resumida a relação de Suzana Rocha com as artes plásticas, que surgiu desde muito cedo ao descobrir o prazer em se expressar por meio de desenhos e da beleza das cores. “Sempre gostei muito de toda expressão de arte, e o desenho foi o primeiro passo nesse universo. Fiz o curso (desenho de moda) aos 18 anos”, ela conta. Se o começo da carreira acabou seguindo outros caminhos, com a formação em administração e uma década de atuação no segmento de marketing, o interesse artístico nunca desapareceu.
“Mesmo no marketing, a parte que eu mais gostava de fazer era criar layouts”, revela Suzana. O passo seguinte foi estudar estilismo, porém sempre focada em se expressar por meio da linguagem visual. Quando a maternidade bateu na porta, o desenho se tornou uma atividade cada vez mais presente na nova rotina da artista, que encontrou nas redes sociais um espaço para divulgação da própria obra e receber o feedback positivo do público. O estilo profundamente autoral não guarda uma estética identificada com um movimento específico, tirando partido da fluidez oferecida pelas linhas orgânicas. As obras sempre partem do traço em caneta sobre papel, explorando o contraste entre o branco e o preto e, a partir daí, brinca com as cores, incluindo intervenções digitais para compor as imagens. “Vejo meus desenhos como ‘nuvens’ que cada um interpreta de uma forma diferente. A arte é sempre algo muito pessoal, tanto para quem faz quanto para quem aprecia”, ela explica. A primeira coleção saiu no início de 2019, com as 60 telas de “Mãe, Menina, Mulher”, que foram expostas em alguns ambientes da Mostra Decorart Conceito e na última edição da CasaCor Ceará. E a próxima série já está prevista para sair ainda em 2020, batizada de “Movimento”, a coleção deve reunir 25 trabalhos inspirados na dinâmica dos movimentos do corpo humano. Um jovem talento que desponta no cenário artístico local, com força e ao mesmo tempo muita leveza.
Vejo meus desenhos como “nuvens” que cada um interpreta de uma forma diferente