A Cidade Maravilhosa também será cidade olímpica. Além de medalhas para o Brasil, o evento promete ficar na história por seu precioso legado arquitetônico e urbano.
Na história da mitologia, Hércules, o filho de Zeus, ao organizar os primeiros jogos em Olímpia, ergueu um estádio em oferenda ao seu pai. Após mais de 1.500 anos adormecidos, em 1894, os jogos renasceram graças à iniciativa do francês Pierre de Frédy, que propôs a criação de uma competição internacional entre atletas, de diversas modalidades, marcando o início dos Jogos Olímpicos da Idade Moderna. Desde então, a cada quatro anos, os países-sede das Olimpíadas se inspiram na simbologia da Grécia Antiga e constroem verdadeiras cidades, com edificações monumentais, presenteando os anfitriões com um valioso legado arquitetônico.
Alguns são lembrados por sua grandiosidade e ousadia, como o Estádio Nacional de Pequim, construído para os jogos de 2008, cujo projeto dos arquitetos Herzog e de Meuron faz alusão a um gigantesco ninho de pássaro. Outro grande legado foi o Centro Aquático de Londres, projetado pela memorável arquiteta Zaha Hadid, inspirado no movimento da água e com teto oval que lembra o formato de uma onda. No Brasil, não poderia ser diferente… O Rio de Janeiro, cidade-sede das Olimpíadas 2016, recebeu 47 novos projetos, que já alcançaram a cifra de R$39,1 bilhões, com obras de investimento não só para os jogos, mas também de mobilidade, renovação urbana e limpeza do meio ambiente, além de acelerar o desenvolvimento do município. Diferente dos Jogos de Pequim, marcados por projetos de alto custo, as obras da Rio 2016 objetivam eficiência e excelência para a prática esportiva, sem grandes requintes. Nesse modelo, inspirado na arquitetura nômade dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, os edifícios podem ser montados e desmontados para serem reaproveitados após as realizações esportivas. É o caso da Arena do Futuro, que se transformará em escola, do Estádio Aquático, que dará origem a dois centros de treinamento, e do Campo de Golfe, que, após o evento, se tornará campo público por 20 anos. O Parque Olímpico conta ainda com nove outras instalações: as Arenas Cariocas poliesportivas 1, 2 e 3, o Parque Aquático Maria Lenk, a Arena Rio, o Velódromo, o Centro de Tênis, o Estádio Aquático e a Arena do Futuro, totalizando 16 modalidades olímpicas e nove paraolímpicas. Outro legado importante é o Complexo de Deodoro, que foi ampliado em 40%, passando a receber um público maior e agregar competições de hipismo, canoagem e ciclismo. Isso sem falar nos investimentos em mobilidade e renovação urbana, como a instalação da Linha 4 do Metrô Rio, que fará Barra-Centro e Ipanema, e do VLT, que ligará o centro comercial ao porto.
A região portuária, inclusive, passou por um processo de total revitalização com o programa Porto Maravilha, onde foi construído o Museu do Amanhã, ícone das possibilidades de construção do futuro. A estrutura, desenvolvida pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, é vizinha ao Museu de Arte do Rio (MAR) e traz ciência e expressões de arte, tendo a tecnologia como principal suporte. Com todas essas obras magníficas, a cidade do Rio de Janeiro fica cada vez mais maravilhosa e, a partir de então, não será fácil escolher, entre tantos ícones, seu novo cartão-postal.
Legado das Olimpíadas
Palco principal das competições durante a Rio 2016, o Parque Olímpico (imagem acima) será destinado à população após os jogos. Suas áreas de lazer ficarão abertas ao público, enquanto a Arena do Futuro será transformada em quatro escolas municipais. O Museu do Amanhã, instalado em meio à beleza natural da Praça Mauá, zona portuária da capital fluminense, parece flutuar sobre a baía de Guanabara. O prédio de arquitetura inovadora é assinado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.
2020 tinha muitos planos, mas agora é renovar e tentar
inovar em 2021. Agradeço pelo seu artigo me ajudou e
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