O caráter funcional e minimalista da estética aliado as inovações tecnológicas definem o estilo high tech. No conceito, o novo é evidenciado em sua complexidade técnica, desde a forma até os materiais, com a clara intenção de tornar os espaços mais dinâmicos, em sintonia com a inquietude dos dias atuais.
A paleta do estilo high tech se distingue pelo rigor minimalista, Do branco puro ao preto, passando pelos tons de cinza e reflexos do aço.
HIGH TECH, HIGH DESIGN
O décor com pretensão high tech é reconhecido pela escolha de matérias-primas, cores e formas inspiradas na era industrial e tecnológica, porém, com características funcionais aprimoradas. No aspecto cromático, não apenas as tonalidade eleitas para vestir o espaço – preferencialmente neutras – são levadas em consideração, mas também a gradação da luz, que deve ser relaxante e bem pensada. À esquerda, o branco puro traduz o rigor minimalista do ambiente, concebido por Carlos Otávio, e enfatiza a “decoração inexistente”, que deixa o foco para as formas sinuosas do mobiliário e o efeito geométrico do painel. Na sala da Emmemobili, o mobiliário mescla elementos típicos da produção industrial, como o ferro, com formas simples e ergonômicas, que exaltam a funcionalidade e o conforto inerentes ao estilo.
O estilo valoriza a iluminação artificial, muitas vezes pela cor da luz, que deve ser relaxante e vem pensada, com sistema de automação.
High tech é um termo com o qual estamos familiarizados, mas, embora intimamente ligado ao novo, não se trata de algo recente. Ele foi utilizado pela primeira vez em 1980 por Joan Kron e Suzanne Slesin, no livro High tech: The industrial style and source book for the home, onde os autores definiram seus aspectos cruamente tecnológicos. Na década anterior, entretanto, já se observava o impacto da revolução científica e tecnológica – impulsionada com a ida do homem a lua – sobre o imaginário coletivo. Desde então, o tema tem sido explorado de forma recorrente, servindo de inspiração para manifestações diversas, da arquitetura à sétima arte. Nos interiores, por exemplo, difundiu-se o uso de eletrodomésticos e da estética futurista. Embora soem como sinônimos, é importante lembrar que, muito além de características visuais vanguardistas, o high tech tem foco na funcionalidade. É nesse sentido, aliás, que tudo é pensado. Da boa gestão do espaço – otimizado com a escolha de móveis modulares e elementos multifuncionais -, passando pelos estudos ergonômicos, pela automação residencial, pelos eficientes sistemas de camuflagem de cabos e tomadas… Todos os detalhes priorizam o conforto do usuário, que engloba questões práticas, físicas e emocionais, levando em consideração inclusive aspectos relacionados a economia e a sustentabilidade. No que diz respeito ao design, a ideia é introduzir na decoração (também chamada de “não decoração”, por conta da eliminação do supérfluo) uma paleta minimalista, que varia das escalas de cinza aos tons de areia, branco e preto, e formas sinuosas, à la Zaha Hadid, que levantou a bandeira do high tech pelo mundo. Nele, tudo converge às necessidades do futuro, como se vê a seguir.
- Automação Residencial
- Rigor Minimalista
- Formas Sinuosas
- Instalações Elétricas Ocultas
Funcionalidade Máxima
Entre os ambientes da casa, a cozinha foi uma das precursoras do estilo high tech, adotando, desde a década de 1970, elementos característicos do estilo. A tecnologia permitiu avanços consideráveis nos eletrodomésticos, enquanto a arquitetura contemporânea ajudou a disseminar os conceitos de integração e otimização espacial, cada vez mais explorados nos projetos, como ilustra a proposta acima, da Euromobil, em que um mesmo móvel serve de apoio para sala e cozinha, uma verdadeira lição de como otimizar os espaços. Abaixo, estética e funcionalidade se revezam na proposta da cozinha, que reúne móveis modulados, recursos tecnológicos e outros indícios do high tech. O exaustor de embutir, da marca Elica Cozinha, é composto por materiais inovadores e eficientes, que propõem o perfeito casamento entre estética e funcionalidade.