A necessidade de apoio ao jantar foi uma das principais razões da origem do sideboard ou aparador, móvel que atravessou gerações, ganhou novos materiais, formatos e até funções. Conheça mais um pouquinho sobre a história desse item de decoração que, atualmente, pode estar presente em diversos espaços da casa para dar um complemento ao décor.
A história do sideboard, também chamado de aparador, começou no século XVIII, quando era comum que as famílias mais nobres da época realizassem grandes e suntuosos jantares. Generosas mesas e tábuas de apoio eram feitas de madeira ou mármore, para que servissem de apoio para os alimentos e utensílios da refeição, facilitando o trabalho dos funcionários. No final do século, essas peças improvisadas passaram a ser substituídas por pequenos armários fechados por portas e prateleiras, que abrigavam as louças, talheres e demais utensílios utilizados no serviço do jantar. Foi em 1778, em um catálogo da loja londrina Hepplewhite, que, de fato, aparece o que possivelmente seria o primeiro aparador. O avanço e a consolidação da Revolução Industrial fizeram crescer o número de itens funcionais fabricados em quantidades para o uso doméstico e, então, o aparador passou ser um móvel extremamente útil, servindo também de apoiador de vasos, esculturas, cristais, artesanato, entre outros objetos. A partir do século XIX, o aparador se tornou popular pelo mundo e marcenarias europeias introduziram cada vez mais novos materiais, acabamentos e formas, além de dobradiças e puxadores, com forma mais refinada e leve. Nas décadas de 1920 a 1940, o modernismo trouxe mais ousadia ao formato da peça. Já nos anos 1950, os conhecidos “pés palitos” surgiram e os aparadores acompanharam essa tendência. No décor moderno, o aparador, muitas vezes confundido com o buffet, ganhou releituras em diversos tamanhos e com inúmeros materiais e acabamentos, podendo ser utilizado não só na sala de jantar, mas também em qualquer cômodo da casa. Eles têm traços mais simplificados e profundidade menor, ganhando em versatilidade, sem abrir mão da função e de trazer praticidade e beleza ao ambiente.
O aparador da série Cage, desenvolvido para a Emmemobili, combina bronze e madeira. A peça foi pensada pelo designer Ferruccio Laviani. Versátil e mutável, a aparência de Lloyd, de Jean-Marie Massaud para Polrona Frau, brinca com espaços vazios. Composta por uma série de grades de madeira, que correm para cima e para baixo em guias horizontais invisíveis, a peça cria diferentes composições. Fidelio, desenhado por Roberto Lazzeroni para Poltrona Frau, é disponibilizado em estrutura de cinzas preciosas e mármore de ouro Calacatta brilhante ou semi-brilhante. De traços simples, mas detalhes preciosos e sofisticados, o aparador da coleção Atlante está disponível em ouro, bronze, titânio ou madeira lacada, da Pianca. A linha transita entre o clássico e moderno. O aparador clean Ipercolore, do designer Piero Lissoni para a italiana Porro, apresenta proporções simples e simétricas, em madeira e metal, acabamento vermelho e laranja em latão polido no exterior, além dos pés trabalhados em bronze.